O AUTOR
ANÍZIO VIANNA é de Belo Horizonte, Minas Gerais. Poeta, letrista e professor. Sua vida sempre girou em torno da arte e da educação. Graduado em língua portuguesa, espanhola e suas literaturas, o universo imagético oriundo da cultura hispano-americana faz parte de suas criações literárias. Criou o blog Escrevo ao Vivo, em 2005, para publicar poemas baseados em notícias veiculadas nos meios de comunicação.
As letras em poesia e prosa negra/afro-mineira está estabelecida e representada, hoje, por nomes como Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Cidinha da Silva, Jussara Santos, Ana Cruz, Ana Maria Gonçalves, Adão Ventura, Edimilson de Almeida Pereira, Ricardo Aleixo, Anelito de Oliveira, Anízio Vianna, só para mencionar alguns nomes que abriram passagens e criaram trilhas abrindo espaço às novas gerações que chegam trazendo o ruído da periferia para, como nos lembra Conceição Evaristo, sacudir o centro e “não embalar os seus sonos injustos” 1.
Adélcio de Sousa Cruz
Autor bilíngue, em 2020 publicou “Maqueta” , interpretada pela cantautora catalana Clàudia Cabero. Participou das antologías “O Melhor da Poesia brasileira, Minas Gerais” (2002), “Literatura e Afrodescendência no Brasil: antologia crítica — vol. 3 — contemporaneidade” (2011), “Suplemento Literário de Minas Gerais n.º 1.344” (2012), “Uma Cidade se Inventa: Belo Horizonte na Visão de Seus Escritores” (org. Fabrício Marques, 2015), Revista Diversos n.º 28 (Portugal, 2020), Revista Vallejo & Company n.º 78 (Peru, 2022).
O autor foi citado nas publicações: Literatura Mineira 300 anos, (org. Jacyntho Lins Brandão, BDMG Cultural, 2019), Minas Gerais, 300 anos de Literatura (edição especial do Suplemento Literário de Minas Gerais, 2020), “Trajetórias Editoriais da Literatura de autoria negra brasileira” (Luiz Henrique Oliveira, et al, Malê, 2023).
“Há imagens muito fortes em seus poemas.” Destacou o poeta e acadêmico Antônio Cícero quando da participação do autor em Oficina de Escrita promovida pela PUC-MG.
Publicou “Dublê de Anjo” (1996), “Itinerário do Amor Urbano” (1998), “Desalarmes, escritos de paz” (2005, 1a. Edição), “Do Amor como Ilícito” (2011), “Escrevo ao Vivo” (2016), “Circo-Saudade” (Coleção Leve Um Livro, 2016), “Poesia Breve” (plaquete, 2016), “Desalarmes, escritos de paz” (2024, 2a, Edição revista e ampliada).
Recebeu os seguintes prêmios: Melhor Arranjo – FESTMATOZ, Prefeitura de Matozinhos (2002), Mención de Honor – La Rosa de San Jorge, Centro Cultural Brasil-Espanha (2001), 3.º Lugar Festival de Música, Pró-Music (1998), Melhor Arranjo, Festival de Inverno de Itabira (1998), Prêmio Nacional Cidade de Belo Horizonte (1996), 1.º Lugar Revista Literária, UFMG (1995). Par a poeta e romancista Adriane Garcia o autor:
“… consegue fazer uma poesia descomplicada, abordando temas sérios, de maneira profunda; dando conta do mundo com suas inúmeras referências. Ao utilizar principalmente as notícias de jornal como motor para a escrita em Escrevo ao vivo, Anízio reporta ao leitor acontecimentos atuais, mas, antes, passa-os pelo filtro da poesia. O resultado são poemas que tratam, por exemplo, de política, sociedade, religião, religiosidade, violência, violência policial, amor, machismo, racismo, desigualdade, compaixão”.
Compôs letras para os seguintes trabalhos: Óvni-Estrela, banda Chicória (2002), Travessia de Cegos, Roger Bastos (2009), EP IROKO de Alysson (2024).
1. LETRAS NEGRAS/AFRO-MINEIRAS: poesia, prosa e memórias, ADÉLCIO DE SOUSA CRUZ, Suplemento Literário de Minas Gerais Especial, Belo Horizonte, Novembro/2020.